sábado, 25 de outubro de 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

SISTEMA RESPIRATÓRIO


A todo o momento estamos respirando. Você inspira, expira. Inspira, expira. Entra o ar, sai o ar. É assim o tempo todo! Você pode estar na escola, correndo, comendo, vendo tevê, dormindo – não importa. É o que está fazendo agora, puxando ar e mandando-o embora.

Mas você tem alguma noção do “porque” respiramos?

A respiração é um processo fisiológico pelo qual os organismos vivos inalam oxigênio do meio circulante e soltam dióxido de carbono. A respiração (ou troca de substâncias gasosas – O2 e CO2), entre o ar e a corrente sanguínea, é feita pelo aparelho respiratório que compreende:

Nariz, cavidade nasal dividida em duas fossas nasais, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões com bronquíolos e alvéolos.

Somos formados por células, milhões de células, e cada uma precisa de um pouco de ar. Tem que ter ar para todas! E quando a gente faz um exercício físico, como dançar ou jogar futebol, as células precisam de mais ar. Por isso a gente respira mais depressa e o nosso coração bate mais forte.
O sangue circula dentro de diminutos vasos adjacentes a cada célula corporal e são os glóbulos vermelhos do sangue que levam oxigênio aos tecidos e extraem bióxido de carbono.
Nos pulmões, os glóbulos vermelhos descarregam seu bióxido de carbono no ar e dele tomam sua nova carga de oxigênio. O processo se chama hematose. A difusão de gases: oxigênio e gás carbônico. Devido a esse processo, mediando o sistema respiratório e o sistema circulatório, o sangue venoso, concentrado em CO2 e convertido em sangue arterial rico em O2, é distribuído aos tecidos do organismo para provimento das reações metabólicas das células.


Processo da Respiração


O ar é inalado pelo nariz, atravessa as fossas ou CAVIDADES NASAIS onde é aquecido e umedecido, filtrando pó e alguns gases antes de chegar aos pulmões. O ar pode entrar pela boca também, mas nesse caso não é filtrado. É por isso que dizem: em boca fechada não entra mosca. Para o ar, a boca deve ser como uma rua de mão única: só saída.


OBS.: Todas as vias respiratórias, das narinas até os bronquíolos terminais, se mantêm úmidas pela presença de uma capa de células (epitélio) que produz uma substância chamada muco. O muco umedece o ar e impede que as delicadas paredes alveolares se sequem ao mesmo tempo em que apanha as partículas de pó e substâncias estranhas. Também há células ciliadas. Os cílios são espécies de pelos na superfície da célula que têm um movimento ondulatório. Esses movimentos fazem com que o muco flua lentamente até a laringe. Depois o muco e as partículas que leva presas são deglutidas ou expelidas pela tosse.


Logo o ar vai para a FARINGE. O ar é inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, que o conduz até a laringe. Também constitui a passagem dos alimentos em direção ao esôfago.


Na LARINGE sua função não é só aquela de dar passagem ao ar que se dirige aos pulmões ou que deles sai, mas também aquela de emitir a voz.


Entre a faringe e a laringe se encontra uma espécie de válvula chamada epiglote cuja função é evitar que os alimentos penetrem nas vias respiratórias, ela se fecha quando nos alimentamos e é aberta quando respiramos. Quando engolimos, a laringe sobe, e sua entrada é fechada pela epiglote de modo a impedir que o alimento engolido penetre nas vias respiratórias.


A laringe tem um par de cordas vocais, formadas por tecido conjuntivo elástico, coberto por pregas de membrana mucosa. A vibração que o ar procedente dos pulmões provoca neste par de cordas a formação de sons, amplificados pela natureza ressonante da laringe.
Os sons produzidos na laringe são modificados pela ação da faringe, da boca, da língua e do nariz, o que nos permite articular palavras e diversos outros sons.


A laringe é constituída pela TRAQUÉIA, para onde irá o ar agora, é basicamente um tubo de ar, continuação inferior da laringe. Sua finalidade é apenas passagem de ar. Como o nariz, a traquéia tem um filtro de pêlos, que não deixa que nenhuma partícula passe para os pulmões. A traquéia é revestida internamente pelo epitélio respiratório, e sua lâmina própria é formada por tecido conjuntivo frouxo. A mucosa da traquéia apresenta além das células caliciformes do epitélio, diversas glândulas mucosas. Os anéis cartilaginosos da traquéia são abertos posteriormente e unidos através de musculatura lisa. Os anéis são revestidos externamente por tecido conjuntivo frouxo que se constitui numa camada adventícia.


A traquéia se ramifica e origina os dois brônquios, que após um pequeno percurso entram no pulmão onde se dividem sucessivamente. Quando os brônquios alcançam uma pequena dimensão, a ponto de não se observar em corte, peças de cartilagem, mas somente musculatura lisa ao redor de sua luz, estes passam a ser considerados bronquíolos. A diminuição no calibre destes condutos também é acompanhada por uma transformação nas características histológicas, que a princípio são semelhantes daquelas observadas na traquéia. Os bronquíolos se ramificam dando lugar aos condutos alveolares que ao mesmo tempo originam os sacos alveolares ou alvéolos onde se produz o intercâmbio gasoso.


Alvéolos pulmonares, a estação terminal do sistema respiratório. Aqui o ar é passado ao sangue e começa outra viagem. Para a gente, o principal componente do ar é o oxigênio. Então o sangue vai pegar o oxigênio com seus glóbulos vermelhos e levá-lo até as mais remotas células. E isso acontece em “milésimos de segundo”.


É nos alvéolos também que chega o sangue sujo, com o ar usado. Quando você respira, as células transformam o oxigênio em gás carbônico. Os alvéolos pegam esse ar usado e mandam embora, pelo mesmo caminho por onde entrou: brônquios, traquéia, cordas vocais, laringe, nariz ou boca.
A peça central do movimento da respiração é o diafragma. Ele fica logo abaixo da caixa torácica. Para o ar entrar, ele abaixa e empurra o estômago. Para expulsar o ar, ele dá um empurrão para cima. Portanto, quando você fala, é o diafragma que está mandando o ar para cima.
Enfim, encerra-se o ciclo do sistema respiratório, sua trajetória desde a entrada até sua saída, ou seja, as trocas gasosas.


São relatados abaixo os devidos componentes do sistema com uma maior atenção, referente às funções, estrutura entre outros aspectos.

NARIZ

Capta o ar.
É o primeiro segmento por onde, de preferência, passa o ar durante a inspiração. O nariz é constituído pelas fossas nasais e pela pirâmide nasal. A pirâmide nasal é a estrutura visível que forma proeminência na face. É constituída essencialmente por lâminas cartilaginosas. As fossas nasais compreendem o espaço situado entre a faringe e as narinas; são divididas pelo septo nasal. Os ossos que compõem o nariz são: o frontal, os nasais e os maxilares.
Dentro do nariz existem pequenos fios, os cílios, que são cobertos por um líquido pegajoso, o muco. As partículas de poeira e microrganismos do ar grudam nesse muco e com o movimento dos cílios são varridos para fora do corpo ou para a garganta, e se forem engolidos serão digeridos pelas enzimas produzidas ao longo do tubo digestivo.

FOSSAS NASAIS

Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar que é inspirado. São duas cavidades, localizadas na base do nariz, paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal.
Em seu interior há dobras chamadas de cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Elas são revestidas internamente pela mucosa nasal, que possui um grande número de vasos sanguíneos. O calor do sangue nesses vasos aquece o ar e, assim, as demais vias respiratórias e os pulmões recebem ar aquecido. A mucosa tem, também, pequenos pêlos e produz uma substância viscosa, levemente amarelada, denominada muco. Além de lubrificar a mucosa, junto com os pêlos, retêm micróbios e partículas de poeira do ar, funcionando como um filtro; serve também para umedecer o ar.

FARINGE

É um canal condutor, de aproximadamente 13 cm, músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório e se comunica com a boca e com as fossas nasais.
Divide-se em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe); faringe bucal (orofaringe); faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana).
No final da faringe encontramos a epiglote, uma espécie de válvula que auxilia na entrada de ar e alimento. Durante a deglutição, a laringe se eleva, enquanto que a epiglote se abaixa, fechando a entrada da laringe e permitindo a passagem do alimento para o esôfago. Durante a respiração, a epiglote se eleva, mantendo a laringe aberta e permitindo a passagem do ar.

LARINGE

É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, superior da traquéia, em continuação à faringe.
Sua entrada é chamada de glote, devido à válvula acima chamada epiglote.
O revestimento interno da laringe apresenta pregas, denominadas cordas vocais. A laringe tem um par destas cordas, formadas por tecido conjuntivo elástico, coberto por pregas de membrana mucosa e de cor branca nacarada. Sua dimensão varia segundo o sexo, a idade e a categoria da voz (de 14 a 21 mm para as mulheres e de 18 à 25 mm para os homens). A vibração que o ar procedente dos pulmões provoca neste par de cordas movimentos de aproximação e afastamento, que permitem a formação de sons. Os sons produzidos na laringe são modificados pela ação da faringe, da boca, da língua e do nariz, o que nos permite articular palavras e diversos outros sons. Conforme as cordas vocais estão mais ou menos tensas, os sons que elas produzem são mais ou menos agudos.
É na laringe que também encontramos o chamado pomo-de-adão, uma saliência do osso hióide, é determinado por hormônios masculinos, principalmente a testosterona. Como esses hormônios, em geral, só são encontrados em grandes quantidades no organismo dos homens, principalmente na fase da puberdade, apenas estes apresentam o pomo.

TRAQUÉIA



Destinada unicamente à passagem do ar
É um tubo, em forma de um cilindro, de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes apresentam uma seqüência de relevos e de depressões devidas à presença dos anéis cartilaginosos em número variável de 12 a 16, unidos entre si por tecido fibroso.
Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões.
A traquéia está revestida, também ela, no seu interior, por uma mucosa, cujas células têm a característica de serem ciliadas: graças a esses cílios, finíssimos, ela se opõe à entrada de eventuais partículas estranhas (poeira e bactérias). Estas são expulsas das vias respiratórias pela tosse.

PULMÕES


Os pulmões do ser humano são de excenssial importância no sistema respiratório. São responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São dois orgãos de consistência esponjosa e medem mais ou menos 25 cm de comprimento. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares.
Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são revestidos externamente por uma membrana chamada pleura.
Os pulmões estão localizados no interior da cavidade toráxica. O Pulmão é apoiado pelo Diafragma e protegido pela caixa toráxica.
Sua função principal é oxigenar o sangue venoso. Os pulmões sadios são normalmente claros, amolecidos e esponjosos. Eles são muito elásticos e encolhem cerca de um terço de seu tamanho quando a cavidade torácica é aberta. Cada pulmão preenche o seu espaço na cavidade torácica e é radiotransparente. Cada pulmão tem forma cônica e está contido em seu próprio saco pleural. Os pulmões estão separados entre si pelo coração e grandes vasos no mediastino médio. Os pulmões estão presos ao coração e traquéia por estruturas no seus hilos (artérias pulmonares, veias pulmonares e brônquios principais) e ao pericárdio pelos ligamentos pulmonares. Cada pulmão tem um ápice, uma base, uma raiz e um hilo.
• O ápice do pulmão, uma extremidade superior, arredondada e cônica, estende-se na raiz do pescoço através da abertura torácica superior.
• A base do pulmão é uma face diafragmática, côncava e está relacionada com a cúpula do diafragma.
• A raiz serve para a fixação do órgão e é a "via" para passagem de estruturas que entram e saem do hilo. Ela liga a face medial do pulmão ao coração e à traquéia e é circundada pela reflexão da pleura parietal para a visceral.
• O hilo é o local onde a raiz está fixada ao pulmão. Ele contém os brônquios principais, vasos pulmonares (uma artéria e duas veias), vasos brônquicos, vasos linfáticos e nervos que entram e saem do pulmão.
As principais diferenças entre o pulmão direito e o esquerdo:
• O pulmão direito tem três lobos, o esquerdo somente dois;
• O pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, mas é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio projetam-se para a esquerda;
• A borda anterior do pulmão direito é retilínea, enquanto a do pulmão esquerdo tem uma profunda incisura cardíaca.

BRÓNQUIOS

São os tubos que levam o ar aos pulmões. A traquéia divide-se em dois brônquios (direito e esquerdo). Estes apresentam estrutura muito semelhante à da traquéia e são denominados brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal dá origem a pequenos brônquios lobares ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Os brônquios,vão se ramificando assim várias vezes até se transformarem em bronquíolos, um para cada alvéolo pulmonar. Os brônquios têm a parede revestida internamente por um epitélio ciliado e externamente encontra-se reforçada por anéis de cartilagem, irregulares que, nas ramificações se manifestam como pequenas placas ou ilhas. A parede dos brônquios e bronquíolos é formada por músculo liso.

BRONQUÍOLOS


É a sub-ramificação de menor calibre da árvore brônquica, que penetra nos alvéolos pulmonares, que por sua vez realizam as trocas gasosas. Nos bronquíolos de maior calibre existem anéis cartilaginosos para impedir o fechamento dos mesmos, nas paredes deles só existem fibras musculares lisas. Os bronquíolos não são formados por anéis cartilaginosos , e sim por tecidos conjuntivos.

ALVÉOLOS PULMONARES

São estruturas de pequenas dimensões, localizadas no final dos bronquíolos, onde se realiza a hematose pulmonar.
São cavidades diminutas que se encontram formando os pulmões nas paredes dos vasos menores e dos sacos aéreos. Por fora dos alvéolos há redes de capilares sanguíneos. Suas paredes são muito finas e são compostas unicamente por uma capa de células epiteliares planas, pela qual as moléculas de oxigénio e de dióxido de carbono passam com facilidade através delas.
A hematose pulmonar, ou troca gasosa ocorre durante a respiração orgânica do ser vivo e é o processo onde o oxigénio conduzido até os alvéolos no pulmão, passa para a corrente sanguínea para ser conduzido pelas hemácias e futuramente entrar nas células e ocasionar a respiração aeróbia na presença da glicose. Na hematose também ocorre o processo de eliminação do dióxido de carbono, produzido pela combustão combinada da glicose com o oxigénio, como resultado da respiração celular.

DIAFRAGMA

É um músculo estriado esquelético em forma de cúpula e principal responsável pela respiração humana (também é auxiliado pelos músculos intercostais e outros músculos acessórios); serve de fronteira entre a cavidade torácica e a abdominal; está coberto pelo peritônio em sua face inferior, e é adjacente à pleura parietal em sua face superior.

DOENÇAS

SINUSITE
É uma inflamação de cavidades existentes nos ossos da face, o seio da face ou sinus. Essas cavidades têm comunicação com as fossas nasais e podem ser invadidas por bactérias, que desencadeiam um processo infeccioso. As queixas iniciais são de sintomas semelhantes aos do resfriado comum: febre moderada, coriza, espirros e tosse irritativa. Na sinusite aguda, a pessoa tem dor em diversas regiões da face e há corrimento nasal mucoso e, às vezes, purulento (com pus). Também A doença pode gerar sensação de "peso na face", corrimento nasal, dores de cabeça, sensação de mau cheiro oriunda do nariz ou da boca e obstrução nasal com eventuais espirros.
RESFRIADO

É comum pode ser causado por diversos tipos de vírus e é mais propício no inverno, época em que as células do corpo se tornam mais susceptíveis a infecções. Os vírus se instalam nas células da cavidade nasal e da faringe, provocando inflamações. As defesas do organismo do indivíduo afetado reagem, causando mais inflamação. Isso pode fazer com que bactérias que estejam nas vias respiratórias se aproveitem da situação, produzindo muco (catarro) purulento que pode ser expelido pelo nariz ou pela boca. A coriza (corrimento de líquido pelas narinas durante o resfriado) é conseqüência dessas inflamações. Além da coriza, podem aparecer outros sintomas, tais como sensação de secura na garganta, espirros, olhos lacrimejantes e febre. O resfriado termina quando o revestimento interno lesado se regenera e, então, a infecção está resolvida.

Sintomas
Normalmente, os sintomas surgem de 1 a 3 dias após a pessoa entrar em contato com o vírus, e podem durar até uma semana, na maioria dos casos. Dentre os sintomas, destacamos:
Nariz com secreção (coriza) intensa – como água nos primeiros dias. Mais adiante, pode tornar-se espessa e amarelada;
Obstrução do nariz dificultando a respiração, espirros, tosse e garganta inflamada (dolorosa);
Diminuição do olfato e da gustação; FK
Voz “anasalada” (voz da pessoa que está com o nariz entupido);
Rouquidão;
Adultos podem ter febre baixa, enquanto as crianças podem ter febre alta;
Dores pelo corpo;
Dor de cabeça;
Febre (pode ocorrer em crinaças). Incomum em adultos.
COQUELUCHE

É uma das mais famosas doenças da infância, causada pela bactéria Haemophilus pertussi, que se instala na mucosa das vias respiratórias (laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos). A proliferação das bactérias causa forte irritação, com grande produção de muco (catarro). As queixas iniciais são de sintomas semelhantes aos do resfriado comum: febre moderada, coriza, espirros e tosse irritativa. Toxinas produzidas pelas bactérias irritam terminações nervosas, desencadeando acessos de tosse, típicos da doença.
A coqueluche é prevenida pela vacina tríplice, que protege também contra a difteria e o tétano. Essa vacina é administrada em três doses, uma a cada trinta dias, a partir do segundo mês de vida.
PNEUMONIA

É uma infecção pulmonar causada por diversas espécies de bactérias e, às vezes, por fungos. A bactéria se instala nos pulmões, provocando aumento da secreção de muco e ruptura das paredes dos alvéolos. Os sintomas da doença são febre alta, falta de ar, dores no peito e expectoração de catarro viscoso e, às vezes, sanguinolento. Em geral, atinge pessoas que estão com sua resistência orgânica debilitada. A doença pode gerar sensação de "peso na face", corrimento nasal, dores de cabeça, sensação de mau cheiro oriunda do nariz ou da boca e obstrução nasal com eventuais espirros.
A pneumonia bacteriana clássica inicia abruptamente, com febre, calafrios, dor no tórax e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco de sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início.
A respiração pode ficar mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves.
TUBERCULOSE
É uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis que se instala geralmente nos pulmões. Os alvéolos pulmonares inflamam-se e sofrem necrose (morte celular). A região necrosada é circundada por um tecido fibroso que limita e isola o foco infeccioso. Em geral, as lesões de uma primeira infecção tuberculosa regridem espontaneamente. No caso de uma reinfecção, pode ocorrer de os focos infecciosos atingirem, além dos pulmões, outros órgãos, causando lesões nos tecidos.
Geralmente, se pega a doença pelo ar contaminado eliminado pelo indivíduo com a tuberculose nos pulmões. A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente. Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta microbactéria que se implantará num local do pulmão. Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contato do germe com o organismo (primoinfecção). Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários locais do corpo.
Se o sistema de defesa do organismo estiver com uma boa vigilância, na maioria dos casos, a bactéria não causará doença, ficará sem atividade (período latente). Se, em algum momento da vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período latente poderá entrar em atividade e vir a causar doença. Mas, também há a possibilidade da pessoa adquirir a doença no primeiro contato com o germe.
Os sintomas da tuberculose pulmonar são febre, sudorese noturna, fraqueza e perda de apetite e de peso.
A prevenção consiste em evitar o convívio com pessoas doentes e só consumir leite pasteurizado ou adequadamente fervido, pois a bactéria pode estar presente no leite. O tratamento é feito com antibióticos.

BRONQUITE CRÔNICA

Mais de 75% dos pacientes com bronquite crônica são ou foram fumantes. Os bronquíolos secretam quantidade excessiva de muco, tornando-se comprimidos e inflamados. Os cílios do epitélio bronquiolar deixam de bater, e muco e partículas de sujeira vão se acumulando, dificultando a passagem do ar. A respiração torna-se curta e os acessos de tosse são constantes. Pessoas com bronquite crônica, em geral, acabam por desenvolver enfisema. Bronquite AgudaÉ uma inflamação da árvore brônquica, geralmente associada com uma infecção respiratória generalizada. A árvore brônquica é composta por tubos (brônquios) que carregam o ar para dentro dos pulmões. Quando esses tubos estão com alguma infecção ficam edemaciados (inchados) e produzem muco (catarro) espesso. Isto pode tornar a respiração difícil. A bronquite aguda é uma doença respiratória aguda, com tosse intensa e prolongada, que persiste por mais tempo após o desaparecimento dos outros sintomas respiratórios. A doença pode tornar a árvore brônquica mais sensível ao ar frio e a poluentes como a fumaça do cigarro, fazendo com que o indivíduo tenha tosse intensa quando se defronta com tais situações. As viroses que causam bronquite aguda espalham-se pelo ar. Se o indivíduo sadio respirar o ar contaminado por vírus deixado pela tosse de um doente, poderá adquirir a doença. Isso também poderá acontecer se tocarmos com a mão numa superfície contaminada por vírus e, após, a levarmos até o nariz ou a boca. A superfície contaminada pode ser a mão de um indivíduo doente ou um objeto tocado por ele.

ENFISEMA

É muito raro em pessoas que nunca fumaram. É a obstrução completa dos bronquíolos, com aumento da resistência à passagem de ar, principalmente durante as expirações. É uma doença crônica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos. Pode ocorrer, então, rompimento das paredes dos alvéolos, com formação de grandes cavidades. Isso diminui a eficiência dos pulmões em absorver oxigênio e há sobrecarga do coração como forma de compensar a deficiência pulmonar. A sobrecarga leva a maioria dos pacientes com enfisema a morrer de insuficiência cardíaca. Essa doença ocorra na maioria das vezes em tabagistas de longa data, que, em torno dos 65 anos de idade, passam a sentir falta de ar para fazer esforços. A falta de ar no início só é notada para os grandes e médios esforços (subir escadas ou caminhar são exemplos). Mantendo o hábito do fumo, poderão chegar a uma fase mais avançada da doença, em que falta de ar surge com tarefas simples como tomar banho, se vestir ou se pentear, por exemplo.



CÂNCER DE PULMÃO


O hábito de fumar é a principal causa do câncer de pulmão. 80% desse tipo de câncer poderiam ser evitados se as pessoas parassem de fumar. Diversas substâncias contidas no cigarro são cancerígenas. Células cancerosas originadas nos pulmões se multiplicam descontroladamente, podendo invadir outros tecidos do corpo, onde originam novos tumores. Os sinais e sintomas de câncer de pulmão podem incluir: tosse persistente ou mudança na tosse usual do fumante, encurtamento da respiração, escarro com sangue, rouquidão, dor torácica persistente ou aguda quando o indivíduo respira profundamente, pneumonias de repetição, sibilância. Os tumores malignos do pulmão podem ser tratados com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.
EMBOLIA PULMONAR

Ocorre quando um coágulo ( trombo ), que está fixo numa veia do corpo, se desprende e vai pela circulação até o pulmão, onde fica obstruindo a passagem de sangue por uma artéria. A área do pulmão suprida por esta artéria poderá sofrer alterações com repercussões no organismo da pessoa. Ou seja, um fechamento repentino da artéria pulmonar ou de um de seus ramos, provocado por bolhas de ar, fragmentos de tumores ou freqüentemente por coágulos sanguíneos.
O fechamento de uma artéria de pequeno calibre pode passar despercebido, mas se uma grande artéria for atingida, a pessoa é acometida por dor súbita no peito, falta de ar, aumento da transpiração, palpitações, cianose e eventualmente é levada à morte. A embolia pulmonar é responsável por cerca de 4% dos óbitos ocorridos nos grandes hospitais.

RENITE


É uma inflamação das mucosas que revestem as cavidades nasais devido a processos alérgicos. Como conseqüência da inflamação, as células passam a produzir excesso de muco, que escorre pelas narinas.
Surtos repetidos de renite alérgica em crianças podem causar obstrução nasal definitiva, que leva a alterações ósseas na base do crânio. Como as rinites têm forte componente emocional, o afeto e as boas condições psicológicas fazem parte do tratamento da doença. Existem várias substâncias que causam reações alérgicas, como: pólens, partículas de pó, esporos de fungos, alimentos, látex, veneno de insetos e medicamentos.

ASMA


É uma doença respiratória em que o espasmo e a constrição dos brônquios e a inflamação de sua mucosa limita a passagem do ar, provocando dificuldade respiratória. Com freqüência, deve-se a uma alergia, em particular ao pó, pêlo ou penas de animais, mofo e pólen. Muitos pacientes de asma alérgica, chamada de asma atópica ou extrínseca, sofrem também de febre do feno, que é uma forma de rinite sazonal causada por alergia ao pólen.
Seus sintomas são ataques intensos de espirros, inflamação da mucosa nasal e olhos, e respiração difícil.
É uma doença pulmonar que se caracteriza pela diminuição de calibre (constrição) dos bronquíolos. A asma pode ter diversas causas, sendo a alérgica a mais comum. Tendo também forte desencadeamento da crise de asma.
A crise asmática ocorre quando a musculatura lisa dos bronquíolos se contrai espasmodicamente. A mucosa que reveste internamente os bronquíolos incha e passa a produzir mais secreção, o que contribui para diminuir o calibre dos condutos respiratórios. A dificuldade respiratória prejudica a oxigenação do sangue e, em casos muito graves, podem ocorrer cianoses (coloração azulada da pele e das mucosas), provocada pelo acúmulo de gás carbônico no sangue.
Nestas crises são usados, dependendo do caso, os seguintes aparelhos:
LARINGITE
É infecção na laringe, geralmente causada por um vírus mas pode resultar de uma infecção bacteriana. A laringite crônica pode ser causada por tabagismo, uso intenso da voz, tosse violenta, exposição a substâncias irritantes. Também pode ser um sintoma de bronquite, pneumonia e de outras infecções respiratórias.
A laringite não causa muita dor, mas provoca rouquidão e tosse seca. Em geral, a voz do doente vai enfraquecendo ao longo do dia. Mas ainda pode progredir para infecções maiores (como a meningite) ou provocar graves problemas na voz.

CURIOSIDADES

Devemos sempre prestar atenção na nossa respiração, quando falamos, andamos, corremos e etc., pois se ela apresentar algum distúrbio a nossa saúde estará com sérios problemas, levando a outras doenças mais fortes. As doenças então ligadas também ao ambiente que respiramos: úmido, seco, com poeira, lugares fechados, frios, quentes e assim vai. Para que possamos evitar as mesmas, é preciso ter um mínimo conhecimento a respeito do funcionamento de certas ações do nosso próprio corpo.
As Infecções causadas por agentes microscópicos, que invadem as células e são responsáveis por várias doenças do aparelho respiratório algumas vezes, atacam o nariz e a garganta, causando o resfriado comum, mas, muito freqüentemente, o vírus pode se espalhar e atingir outras partes do aparelho respiratório, provocando complicações como:
Tosse: é a mais comum; pode ser promovida por diferenças de temperatura, agentes químicos, causas mecânicas.Na presença de tosse investigar: Intensidade: fraca, média ou forte.
Duração: contínua ou periódica
Período: tosse matinal, diurna e noturna
Presença de secreções: improdutiva ou seca
Expectoração: é a saída de material líquido ou semi-líquido pela boca, proveniente dos pulmões e vias aéreas.
Vômica: expectoração de grande quantidade de escarro
Hemoptise: eliminação de sangue após acesso de tosse. Cor vermelha viva, espumosa.
Chiado: som musical ouvido na expiração que ocorre pela obstrução das vias aéreas por asma ou bronquite crônica.
Estritor: ruído causado pela obstrução da traquéia ou laringe e ocorre durante a inspiração. É conhecido como “guincho”.
Cianose: é a coloração azulada ou arroxeada na pele ou mucosas, que identificam geralmente um quadro de insuficiência respiratória.
Dispnéia: é a respiração associada com desconforto ou esforço, incluindo a subjetiva falta de ar, a verificação do esforço e trabalho ou dificuldade em respirar.

SAIBA MAIS

Quanto de ar respiramos?

A cada respiração, é inalado meio litro de ar. Calculando-se um ritmo médio de 12 inspirações por minuto (quando se está tranqüilo), entram para os pulmões 17 000 litros de ar por dia. Os cílios, minúsculos fios de mucosa que revestem as células da traquéia e dos pulmões, empurram a sujeira do ar a ser expelida, numa velocidade de 12,7 milímetros por minuto.

Como acontece o reflexo da tosse?

Os brônquios e a traquéia são tão sensíveis a um toque leve, que quantidades mínimas de material estranho ou substâncias que causam irritação iniciam o reflexo da tosse. Impulsos nervosos aferentes passam das vias respiratórias (principalmente pelo nervo vago) ao bulbo (medula oblonga), onde uma seqüência automática de eventos é disparada por circuitos neuronais locais, causando os seguintes efeitos:
- inspiração de até 2,5 litros de ar;
- fechamento da epiglote e das cordas vocais para aprisionar o ar no interior dos pulmões;
- contração forte dos músculos abdominais e dos músculos intercostais internos, empurrando o diafragma e provocando aumento rápido de pressão nos pulmões (de 100 mmHg ou mais);
- abertura súbita das cordas vocais e da epiglote e liberação do ar dos pulmões sob alta pressão.
Desta forma, o ar que é expelido de forma explosiva dos pulmões para o exterior se move tão rapidamente que carrega consigo qualquer material estranho que esteja presente nos brônquios e na traquéia.


Soluçamos, por quê?

Ás vezes comemos e engolimos o ar junto. Então a glote fica confusa, não sabe se abre ou se fecha. E o diafragma entra em ação, empurrando ar para cima para expulsar algum alimento que possa ter entrado.
O característico barulhinho “hic, hic” surge quando ocorre fechamento súbito da glote (abertura superior da laringe, onde se localizam as cordas vocais), produzindo vibração nas cordas vocais.

Como acontece o reflexo do espirro?

O reflexo do espirro é muito parecido com o reflexo da tosse, exceto pelo fato de se aplicar às vias nasais, ao invés das vias respiratórias inferiores: o estímulo que inicia o reflexo do espirro é a irritação das vias nasais. Impulsos aferentes passam do quinto par de nervos craniano ao bulbo, onde o reflexo é disparado. Uma série de reações semelhantes às do reflexo da tosse acontece, grandes quantidades de ar passam rapidamente pelo nariz, ajudando, assim, a limpar as vias nasais:
- o ar que sai das narinas durante o espirro atinge em média 150 Km/hora.
- ao espirrarmos espalhamos aproximadamente 40 mil gotículas de saliva.
- quando espirramos fechamos os olhos, devido às contrações musculares.
- transmite muitas doenças respiratórias.

Como o oxigênio chega às células?

O ar do alvéolo é mais rico em O2 do que o sangue. O O2 do alvéolo vai para o sangue onde se liga com a hemoglobina. Com o CO2 ocorre o contrário, o sangue é mais rico em CO2 do que o alvéolo.O CO2 sai do sangue entra no alvéolo. Esse processo se chama hematose.
Quando o sangue (agora rico em O2) chega às células, acontece o contrário: por difusão o CO2 sai da célula (meio mais concentrado) e vai para o sangue (meio menos concentrado). O O2 então sai do sangue (meio mais concentrado) e entra na célula (meio menos concentrado).
Outro gás, o CO (monóxido de carbono), também pode se ligar à hemoglobina. Quando isso acontece, temos um sério problema, porque a ligação ente o CO e a hemoglobina é mais forte. Assim, o CO dificilmente se desprende da molécula e impede que um oxigênio ou um dióxido de carbono se ligue a ela. Isso diminui a capacidade transportadora do sangue: quando mais CO você inspira, menos CO2 e O2 seu sangue pode transportar

Como ocorre a respiração intracelular?

Uma vez dentro da célula, o oxigênio vai reagir com a glicose (dentro de uma organela chamada mitocôndria) e vai surgir a energia e o gás carbônico. A energia é aproveitada e o CO2 sai da célula, vai pro sangue, pro pulmão e por fim para o ambiente.
Equação da respiração:
O2 + C6H12O6 (glicose) -> CO2 + H2O + ENERGIA (em forma de

Quais os efeitos da atividade física na ventilação pulmonar?

Um aumento da atividade física também provoca aumento na ventilação pulmonar de outras formas:
Impulsos provenientes da área motora cortical, responsável pelo comando consciente de nossa atividade motora, ao se dirigirem para baixo, em direção à medula, passam pelo tronco cerebral (além de outras áreas) e fazem conexões com alguns neurônios desta região. Isso pode provocar aumento na ventilação pulmonar, muitas vezes mesmo antes que as alterações gasométricas (hipercapnia, hipóxia ou acidose) aconteçam.
Movimentos passivos também podem aumentar a ventilação pulmonar: Na profundidade de nossos músculos esqueléticos, nos tendões e mesmo no interior de muitas das nossas cápsulas articulares, possuímos receptores que se excitam a cada movimento dessas estruturas. Ao se excitarem, enviam impulsos que se dirigem à medula e também, muitas vezes, ao encéfalo, passando pelo tronco cerebral e fazendo conexões com neurônios do Centro Respiratório.

BIBLIOGRAFIA

http://www.grupoescolar.com/materia/enfisema.html

http://www.drpereira.com.br/cancer.htm

http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/corporate/about/press/asma/br_asma_back3.html

http://www.webciencia.com/11_30disturbios.htm

http://www.todabiologia.com/anatomia/sistema_respiratorio.htm

http://www.infoescola.com/biologia/sistema-respiratorio/

http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm

http://br.geocities.com/amtavaresj/respiratorio.htm

http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+respiratorias/doencasrespiratorias.htm
Clique e assine

 
©2008 Templates e Acessorios Por Elke di Barros